domingo, 6 de fevereiro de 2011

JORNAL O GLOBO É OBRIGADO A INFORMAR SOBRE ASSASSINATOS DE PESSOAS NO COMPLEXO DO ALEMÃO

As coisas no Complexo do Alemão estão complicadas, o tráfico está vendendo drogas e matando pessoas, todas essas denúncias estão sendo feitas constantemente pela imprensa de São Paulo, conforme a última abaixo.

Traficantes voltaram para o Complexo do Alemão, já vendem drogas, matam pessoas, e até barricadas começaram a fazer

Até as Organizações Globo, para não perderem o pouco de crédito que tem, foram obrigadas a fazer duas matéria sobre esse assunto hoje, que reproduzo abaixo.

E aí Governador Sérgio Cabral, pessoas que ajudaram a polícia estão sendo assassinadas, e agora ?


Como isso pode acontecer, se o Complexo do Alemão está "pacificado" ?


Isso é uma vergonha, e uma irresponsabilidade, pessoas agora estão com medo de morrerem.



Reprodução do jornal O Globo on line.

RIO - Y., morador há mais de 40 anos do Complexo da Penha, teme que seja a bola da vez. Ele conta que colaborou com a polícia durante a ocupação, apontando traficantes e seus esconderijos, mas que agora se arrepende de ter cooperado. O aviso dos traficantes da região é bem claro: informante da polícia deve ser morto. Y. afirma ser verdadeira a notícia sobre a morte de moradores que ajudaram a Força de Pacificação.
- Estou apavorado. Ajudei a polícia porque não aguentava mais ver os bandidos fazerem o que queriam na minha porta. Já vi mais de dez traficantes batendo num homem até a morte. Meus filhos assistiam a tudo isso, fora as orgias que eles promoviam. Agora, não me sinto seguro. Temo ser a bola da vez - contou o morador.


Militares admitem que as revistas foram reduzidas
Segundo ele, o Exército não conhece os bandidos. Por isso, eles passam na frente dos militares sem serem reconhecidos. O Exército admite que as revistas foram reduzidas, pois era necessário que a rotina nas comunidades ocupadas fosse retomada. Os militares alegam também que muitos dos bandidos não têm antecedentes criminais. As forças de segurança apelam para que a população denuncie as ações dos criminosos a fim de prendê-los em flagrante.

Na sexta-feira, o policiamento na Vila Cruzeiro foi intensificado pela Força de Paz, ao contrário da véspera, quando O GLOBO percorreu as favelas do Complexo da Penha, verificando que o tráfico persistia e que apenas um caminhão com cinco soldados fazia o patrulhamento de uma enorme região.

Até a Polícia Civil fez operações no complexo. Em uma delas, para cumprimento de mandado de prisão, a 22 DP (Penha), prendeu Diogo Ribeiro César, o Borrachinha, de 27 anos, em flagrante, com uma pistola. Ele já tinha mandado de prisão por roubo. Segundo a Divisão de Homicídios, Diogo está sendo investigado como suspeito do assassinato de um dos moradores depois da ocupação. Ele negou o crime.


Reprodução do jornal O Globo on line.

RIO - O clima nas comunidades do Complexo da Vila Cruzeiro, na Penha, é de apreensão. Desde que o local foi ocupado, no dia 25 de novembro de 2010, houve cinco homicídios na região, sendo que dois deles de pessoas sem envolvimento com o tráfico. Alguns moradores afirmam que elas foram assassinadas porque colaboraram com a polícia e com o Exército dando informações sobre os locais de esconderijos de drogas, armas e bandidos. A Divisão de Homicídios (DH) disse que ainda não há indícios de que elas foram executadas em represália.
Segundo a DH, as investigações sobre as mortes da dona de casa Maria da Penha dos Santos, de 47 anos, e de Mauro da Silva, de 46, já estão em fase final e apontam traficantes da Penha como autores dos assassinatos. De acordo com o laudo do IML, a primeira foi morta por um instrumento perfuro-contundente, como uma picareta. Ela foi executada no dia 26 de dezembro, na Vila Cruzeiro.

A outra vítima, Mauro da Silva, foi o primeiro a ser morto, em 19 de dezembro, por arma de fogo. Um outro homem assassinado na Vila Cruzeiro, no período da ocupação pelas Forças de Pacificação, foi Jonathan de Souza Cavalcanti, de 22 anos. A Divisão de Homicídios informou que ele tinha ligações com o tráfico de drogas e seu laudo cadavérico apontou que ele foi esfaqueado no pescoço.

Exército vê boato para desestabilizar pacificação
O comandante da Força de Pacificação, general de brigada Fernando Sardenberg, disse que todos os homicídios ocorridos na região do Alemão e da Penha têm sido comunicados à Polícia Civil:

- Não há nenhuma prova de que os moradores foram mortos porque ajudaram com informações. Trata-se de um boato para desestabilizar a Força de Pacificação. Sabemos que ainda há áreas em que as pessoas têm medo de denunciar. Por isso, temos o Disque Pacificação (0800-0217171) para que todos cooperem.

Há duas semanas, de acordo com o general Sardenberg, não há tiros nos dois complexos. Uma dona de casa, mãe de quatro filhos, confirma o fato:

- Tiro é uma palavra que não existe mais na Vila Cruzeiro.

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