sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

DEPUTADOS FEDERAIS E SEUS SUPERSALÁRIOS

Reprodução da Folha de São Paulo online.

Leonardo Picciani e outros não querem o mandato de deputado federal dado pelo povo, querem somente o super salário
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O povo votou em Leonardo Picciani (PMDB), Alexandre Cardoso (PSB), e Filipe Pereira (PSC). Eleitos para serem deputados federais, vão deixar o legislativo para assumirem cargos no executivo e vão virar secretários do Sérgio Cabral.


Mas e o povo que votou neles para serem Deputados Federais ???

Eles não prometeram isso e aquilo como Deputados Federais ???

Para variar, o povo que se dane.


Interessante é que os nobres não querem ser deputados federais, e sim secretários do Governo Sérgio Cabral, mas o salário preferem receber como se fossem deputados, motivo, como secretário do Cabral vão ganhar "apenas" R$ 12,9 mil reais, já como parlamentar R$ 26,7 mil reais.



É uma piada: o mandato de deputado federal não querem, mas o salário sim !!!

Sinceramente, há muita coisa a se mudar no Brasil, enquanto não se fizer uma reforma política séria, a ZONA vai continuar.

Por exemplo, o deputado para assumir um cargo no executivo deveria renunciar ao mandado, com certeza, isso iria fazer os parlamentares pensarem muito no assunto.

Em tempo, não existe nenhuma ilegalidade nessa opção dos deputados, mas convenhamos, seria mais correto, moral, e justo, receberem o salário de secretário.


Deputados federais estão aproveitando uma brecha da Constituição para se tornarem "supersecretários" de Estado, ganhando salário de R$ 26,7 mil, mais do que os próprios governadores, seus chefes daqui para frente.

Até a tarde de ontem, 18 deputados haviam pedido para continuar a receber o salário de congressista, embora tenham se afastado da Câmara para trabalhar como secretários de Estado, cujo salário é, em geral, bem menor.

Levantamento da Folha mostra que pelo menos 30 deputados irão se licenciar para atuar nos Estados.

A Constituição permite ao parlamentar escolher entre o salário de secretário ou o da Câmara, cujo valor foi reajustado em 62%, passando de R$ 16,5 mil para R$ 26,7 mil.

Todos os que até ontem haviam informado a decisão à Câmara optaram pelo contracheque maior.

"O fato de eu estar secretário é uma circunstância. Posso estar hoje e não estar amanhã. A delegação que recebi da população é para ser deputado", disse José Aníbal (PSDB), que se licencia da Câmara para assumir a Secretária de Energia de SP.

Ele diz ter defendido apenas a reposição da inflação no reajuste para os congressistas, que embora tenha entrado em vigor agora, foi aprovado em dezembro.

O salário do cargo de Aníbal, R$ 15 mil, é quase R$ 12 mil menor do que o pago no Congresso. O governador Geraldo Alckmin ganha R$ 18,7 mil, R$ 8.000 a menos do que o subordinado.

Só no governo de São Paulo haverá cinco "supersecretários" oriundos da Câmara.

"Escolhi o salário da Câmara porque o de secretário é menor", declarou Márcio França (PSB), secretário de Turismo de Alckmin.

DIFICULDADE

A diferença é maior ainda no Rio Grande do Sul, onde os secretários do governo ganham R$ 11 mil ao mês.

"Fica difícil, né?", disse Luiz Busato (PTB), que assumiu a Secretaria de Obras e receberá R$ 15,7 mil a mais por mês -R$ 9.700 superior ao que ganha o chefe, o governador Tarso Genro (PT).

No Rio de Janeiro, o secretário de Habitação, Leonardo Picciani (PMDB), afirmou que sua decisão é técnica.

"É mais cômodo receber pela Câmara, porque, quando eu volto para o mandato, não preciso reabrir conta bancária. O salário maior não é o mais importante."

Além das secretarias de Estado, seis deputados federais haviam pedido licença da Câmara para assumir o cargo de ministros do governo Dilma Rousseff. Mas, nesse caso, o salário é o mesmo.

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